HISTÓRIA DO KARATE KENSHI-KAI

A HISTÓRIA DO KARATÊ-DO KENSHI-KAI



 KARATÊ–DÔ é o caminho das técnicas de lutar com as mãos vazias, isto é, desarmadas, usando as mãos, os pés, os joelhos, os cotovelos e até mesmo a cabeça.


O Karatê tem sua origem no Oriente (Índia ou China), já aproximadamente há 12 (doze) séculos tem se desenvolvido como método efetivo de defesa sem armas. Neste período de 1200 anos, o desenvolvimento do Karatê tem sofrido mutações, seguindo os padrões típicos de um processo de evolução.


Na década de 30, na ilha de Okinawa, o Mestre MABUNI KENWA funda o KARATÊ–DÔ SHITÔ–RYU.


Na década de 60, em Osaka, Japão, o Mestre MAKOTO TOKAI, formado pela Universidade de Osaka, discípulo direto de MABUNI KENWA, funda o KARATÊ–DÔ KENSHI–KAI, também denominado de KARATÊ–DÔ SHITO–RYU KENSHI–KAI.


MAKOTO TOKAI, viajou pelo mundo observando as artes marciais e procurou aproveitar o máximo de sua experiência adquirida, principalmente do seu estilo original, o “KARATÊ–DÔ SHITO-RYU.


MAKOTO TOKAI, mestre de Luta tanto em pé como no solo, procurou desenvolver um Karatê moderno, tendo como princípio o movimento de rotação da Terra e desta em relação ao Sol. Assim, na luta, todo ataque é defendido com um movimento de rotação do corpo.


A filosofia do KENSHI-KAI é semelhante a do BU–DÔ (BU – samurai, DÔ – caminho), ou seja, o tripé fundamental desse estilo é:


ELEVAÇÃO ESPIRITUAL


DESENVOLVIMENTO DA FORÇA FÍSICA E MENTAL


DESENVOLVIMENTO CULTURAL E CAVALHERISMO


É um Karatê real e objetivo, sem as fantasias que geralmente cercam o esporte, e é caracterizado por ser um sistema de Karatê de Contato.


É uma arte completa, onde há integração da saúde do corpo e da mente.


KENSHI–KAI – DO JAPÃO AO BRASIL


Em 1974, chega nos Estados Unidos da América o Mestre YOSHINORI OKUMOTO, formado pela Universidade Shodai de Osaka – Japão, Mestre de Luta tanto em pé como no solo, e discípulo direto do Mestre Makoto Tokai; sendo que, naquele mesmo ano, na cidade de Los Angeles, disputa um Pan Americano Aberto de Artes Marciais, sobresaindo–se sobre lutadores de Judô, Jiu–Jitsu, Kung-Fú, Luta Livre e Boxe profissional, sagrando-se Campeão Absoluto, e dessa forma, conquistando o devido respeito ao KARATÊ–DÔ KENSHI–KAI.


No final de 1975, o Mestre YOSHINORI OKUMOTO muda-se para o Brasil, passando a morar na cidade de São Paulo – SP, sendo ele o legítimo representante do Kenshi–Kai do Japão em toda a América Latina.


No início de 1976, é fundada no Bairro da Lapa, em São Paulo-SP, a primeira Academia de Karatê Kenshi-Kai no Brasil, destacando-se naquele ano, o I FESTIVAL LATINO AMERICANO DE KARATÊ SHITO–RYU.


No início de 1977, a Academia Rissei Kano de Judô, de Dourados–MS, com apoio da Secretaria Municipal de Esportes, consegue traze-lo para aquela cidade, onde passou a ministrar aulas de Judô e Karatê, ficando desta forma introduzido o KARATÊ–DÔ KENSHI–KAI no Mato Grosso do Sul.


No final de 1977, a Associação Mifune de Judô, sabendo da presença desse Mestre de Karatê e também de Judô, promove a sua vinda para Campo Grande–MS, onde passou a ministrar aulas de Judô Kodokan e Karatê Kenshi–Kai, ficando dessa forma, introduzido o KARATÊ KENSHI–KAI em Campo Grande–MS, ficando esta cidade como o Centro do Kenshi–Kai do Brasil.


O Primeiro Faixa Preta de Karatê–Dô Kenshi–Kai a ser formado no Brasil foi Jorge Shimizu da cidade de Dourados – MS; sendo que o segundo Faixa Preta de Karatê Kenshi – Kai a ser formado no Brasil foi Sérgio Tabosa, Atualmente 5º Dan e Presidente da Organização Kenshi–Kai do Brasil, professor de vários outros Faixas Pretas, entre eles Marcos Antônio Alves Ribeiro, Faixa Preta 4º Dan, Presidente da Liga Sul – Matogrossense de Karatê do Kenshi–Kai, tendo ele formado vários outros Faixas Pretas.







MINHA HISTÓRIA NO KARATE KENSHI KAI



Minha história no karatê-do Kenshi-kai começou no ano 2001, quando eu tinha 14 anos de idade. Eu sempre quis aprender alguma arte marcial, gostava de ver filmes de luta, principalmente do Bruce Lee.


Meu pai praticou kung fú e às vezes ele me ensinava em casa uma defesa ou outra. Ele me dizia que enquanto eu descansava, outra pessoa estava treinando para me dar uma surra. Quando ele dizia isso eu ficava com mais vontade de ingressar em alguma escola de artes marciais.


Recebi o convite um amigo que estava muito empolgado com o karate, ele sempre me contava como era o treino e sobre as vitórias que obtinha nos campeonatos. A academia era a Associação Ribeiro de karatê-do Kenshi-kai, o sensei (professor) era, o agora shihan (mestre) Marcos Ribeiro. Logo, eu fiquei ainda mais empolgado que o meu amigo que hoje não treina mais karatê.


Treinei com o Shihan Marcos até um ano antes do que prestei serviço obrigatório ao exercito brasileiro. Esse foi um ano muito proveitoso para mim, apesar de não ter quisto seguir carreira, aprendi muito e pude me exercitar também.


Depois da baixa do quartel, em janeiro de 2006, eu comecei a treinar com Erivelton que na época fazia parte da equipe kenshi-kai. Em 2008 trocamos de estilo e passei a dar aulas mesmo com a faixa marrom, representando a Associação Ippon de Artes Marciais.


Em 2009 eu decidi abrir minha própria associação de artes marciais, então me filiei novamente a Kenshi-kai. Abri a “Fundação de Artes Marciais Super Ação” e logo o Projeto Super Ação de Karatê-do Kenshi-kai e esse livro faz parte desse projeto.


No começo de 2009 tinha treinando comigo três alunos, os mais fieis deles, Reni, André e Camila. A turma hoje em dia não para de crescer.


Estou passando por um processo progressivo no karatê, mentiria se dissesse que não desanimei, mas a cada pensamento que me dizia para parar tinha algo que me impulsionava a prosseguir.


O projeto “SUPER AÇÃO” objetiva promover a prática do karatê-do kenshi-kai, a expansão da arte marcial e contribuir com a sociedade proporcionando ao atleta um treino de excelente qualidade sem precisar grandes investimentos, além de contribuir com publicações nos blogs, sites e livros, para o engrandecimento dos conhecimentos dos atletas. O projeto também distribui bolsas entre os atletas.


"Quando visto o meu kimono me sinto uma pessoa melhor, quando estou em um campeonato e um aluno ganha uma luta ou faz um kata com perfeição é como se meu time do coração tivesse marcado um gol, quando sou eu que estou competindo ganhando ou não posso me descobrir um pouco mais, meus erros e acertos. Treino, luto, não para bater nos outros ou para me exibir, mas para me aperfeiçoar, treino para descobrir a mim mesmo. O karatê para mim tem varias virtudes, várias qualidades, me deixa mais feliz e saudavel. Quero ter a oportunidade de passar isso para as outras pessoas, quero que sintam o que senti, quero que descubram o próprio potencial e sejam mais confiantes. Por isso me completo dando aula. Poder passar adiante meus conhecimentos, e continuar a corrente do conhecimento."


Willian Roberto - (Super Ação - Artes Marciais)